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domingo, 24 de dezembro de 2017

Combatendo o racismo institucional



Campanha amplia ações para melhorar o atendimento a negros no SUS
Atenção básica
Iniciativa faz parte das comemorações pelo Dia da Consciência Negra e reforça o trabalho do Governo do Brasil no enfrentamento à discriminação no Sistema Único de Saúde


Arquivo/Agência Brasil

Cinco mil profissionais de saúde e mobilizadores serão capacitados para atender a população negra
Itens relacionados
Para garantir um atendimento ético, humanizado e de qualidade às pessoas pretas e pardas, o Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (21) a campanha "O SUS está de braços abertos para a saúde da população negra". A iniciativa vai capacitar cinco mil profissionais de saúde e mobilizadores e distribuir um manual com orientações para a execução da Política de Saúde da População Negra.

O lançamento da campanha faz parte das comemorações pelo Dia da Consciência Negra, celebrado nessa segunda-feira (20), e reforça o trabalho do Governo do Brasil na promoção da equidade e enfrentamento à discriminação nas instituições e serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). 

“Hoje fazemos uma homenagem à população negra do Brasil e reforçamos o compromisso de avançarmos, naquilo que for possível, para dar apoio e integrar essa população cada vez mais no sistema de saúde e assim proporcionar a equidade no atendimento ao SUS”, disse o ministro Ricardo Barros.

Dados do Ministério da Saúde comprovam a importância de ações especiais para a população negra, que representa 54% dos brasileiros. Os indicadores revelam situações de vulnerabilidades, como maior prevalência de doenças crônicas e infecciosas. Entre as mais comuns estão a anemia falciforme, diabetes mellitus (tipo II), hipertensão arterial e deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase.

No caso da anemia falciforme, por exemplo, enquanto ela varia de 2% a 6% na população brasileira em geral, na população negra fica entre 6% a 10%. Ainda de acordo com o ministério, a diabetes mellitus (tipo II) atinge com mais frequência os homens negros (9% a mais que os homens brancos) e as mulheres negras (em torno de 50% a mais do que as mulheres brancas). A hipertensão arterial tende a ser mais complicada em negros, de ambos os sexos. E, por sua vez, a deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase apresenta frequência relativamente alta em negros do continente americano (13%). Além disso, 86% da população notificada com doença de chagas é negra.

Além de capacitar os profissionais para atender essa população, serão criados comitês de saúde estaduais e municipais da política e o módulo de ensino a distância da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra será reformulado, com versões em português, inglês e espanhol.

Fonte: Governo do Brasil, com informações do Ministério da Saúde 


quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Vai nos deixar ir?



Temer veta uso de armas de fogo por agentes de trânsito

  • 26/10/2017 20h19
  • Brasília



Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil
Por orientação do Ministério da Justiça, o presidente Michel Temer vetou integralmente o projeto de lei que autorizava o uso de armas de fogo por agentes de trânsito. Consultado pelo presidente, o Ministério da Justiça disse que a medida vai contra o que preconiza o Estatuto do Desarmamento e que os agentes referidos na proposta não exercem atividade de segurança pública.

Saiba Mais
“A proposta de alteração do Estatuto do Desarmamento vai de encontro aos objetivos e sistemática do próprio Estatuto, de buscar restringir o porte de arma de fogo aos integrantes das forças de segurança pública, nos termos do disposto no Artigo 144 da Constituição. Os agentes aos quais o projeto pretende autorizar aquele porte não exercem atividade de segurança pública e, no caso de risco específico, há possibilidade de se requisitar a força policial para auxílio em seu trabalho”, destacou o ministério, em nota.

Em seu veto, Temer expôs a justificativa do Ministério da Justiça e argumentou que sua decisão se dá “por contrariedade ao interesse público”.

O projeto foi aprovado no Senado em 27 de setembro, em votação simbólica, e seguiu para sanção presidencial. O projeto concedia porte de arma de fogo a agentes da autoridade de trânsito da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios que não sejam policiais. Guardas municipais nessa função também teriam o mesmo direito.
No Senado, o projeto havia recebido apoio de parlamentares tanto da base quanto da oposição.
Edição: Juliana Andrade
 
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sábado, 14 de outubro de 2017

Açaí, cultura paraense



No último ano, produção de açaí cresceu 4,6% no Pará
No Amazonas, segundo maior produtor nacional de açaí, a produção caiu 12,3%, por causa da seca, que tornou mais difícil o transporte do fruto
Portal Amazônia, com informações da Agência Brasil

O açaí foi o produto da extração vegetal não madeireira que alcançou maior valor de produção no ano passado no Brasil: R$ 539,8 milhões. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (28). Maior produtor nacional, o Pará respondeu por 61,2% do total do ano passado, com crescimento de 4,6%.
 
O líder do ranking de municípios, Limoeiro do Ajuru, no Pará, produziu 35 mil toneladas no ano passado. Segundo a pesquisa, A produção de açaí extrativo caiu 0,2% em comparação com a de 2015, e somou 215.609 toneladas. O valor de produção, porém, subiu 12,4%. 

 Foto: Reprodução/Shutterstock

Retração

No Amazonas, segundo maior produtor nacional de açaí, a produção caiu 12,3%, por causa da seca, que tornou mais difícil o transporte do fruto em alguns rios. Já o Maranhão aparece com 8,1% de participação na produção brasileira.
O supervisor da pesquisa, Winicius de Lima Wagner, disse que a demanda e a alta de preços do açaí tornaram a atividade mais atrativa para os extrativistas, contribuindo para aumentar a geração de renda local. “Em geral, os produtos não madeireiros do extrativismo são explorados por extrativistas e pequenas associações e cooperativas e têm relevância para as comunidades, principalmente nas regiões Norte e Nordeste”, afirmou Wagner.