Campanha
amplia ações para melhorar o atendimento a negros no SUS
Atenção básica
Iniciativa
faz parte das comemorações pelo Dia da Consciência Negra e reforça o trabalho
do Governo do Brasil no enfrentamento à discriminação no Sistema Único de Saúde
Cinco mil profissionais de saúde e mobilizadores
serão capacitados para atender a população negra
Itens
relacionados
Para garantir um atendimento ético, humanizado e de
qualidade às pessoas pretas e pardas, o Ministério da Saúde lançou nesta
terça-feira (21) a campanha "O SUS está de braços abertos para a saúde da
população negra". A iniciativa vai capacitar cinco mil profissionais de
saúde e mobilizadores e distribuir um manual com orientações para a execução da
Política de Saúde da População Negra.
O lançamento da campanha faz parte das comemorações
pelo Dia da Consciência Negra, celebrado nessa segunda-feira (20), e reforça o
trabalho do Governo do Brasil na promoção da equidade e enfrentamento à discriminação
nas instituições e serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Hoje fazemos uma homenagem à população negra do
Brasil e reforçamos o compromisso de avançarmos, naquilo que for possível, para
dar apoio e integrar essa população cada vez mais no sistema de saúde e assim
proporcionar a equidade no atendimento ao SUS”, disse o ministro Ricardo
Barros.
Dados do Ministério da Saúde comprovam a
importância de ações especiais para a população negra, que representa 54%
dos brasileiros. Os indicadores revelam situações de vulnerabilidades, como
maior prevalência de doenças crônicas e infecciosas. Entre as mais comuns estão
a anemia falciforme, diabetes mellitus (tipo II), hipertensão arterial e
deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase.
No caso da anemia falciforme, por exemplo, enquanto
ela varia de 2% a 6% na população brasileira em geral, na população negra fica
entre 6% a 10%. Ainda de acordo com o ministério, a diabetes mellitus (tipo II)
atinge com mais frequência os homens negros (9% a mais que os homens brancos) e
as mulheres negras (em torno de 50% a mais do que as mulheres brancas). A
hipertensão arterial tende a ser mais complicada em negros, de ambos os sexos.
E, por sua vez, a deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase apresenta
frequência relativamente alta em negros do continente americano (13%). Além
disso, 86% da população notificada com doença de chagas é negra.
Além de capacitar os profissionais para atender
essa população, serão criados comitês de saúde estaduais e municipais da política
e o módulo de ensino a distância da Política Nacional de Saúde Integral da
População Negra será reformulado, com versões em português, inglês e espanhol.
Fonte: Governo do Brasil, com informações do Ministério da Saúde
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abertos para a saúde da população negra” População Negra SUS