PRODUTIVIDADE
E RIQUEZA
Na
região do projeto Carajás e região, incluindo o S11D e seguintes, a militância sindical
é inexistente. Prevalecem baixos salários, racismo e desemprego.
Em
recente a justiça federal mandou a VALE parar sua planta industrial em Ourilândia
do Norte em virtude da devastação ambiental provocada, causando perdas irreparáveis aos indígenas da região.
Acerto
total da justiça. Mas a devastação não é apenas ambiental. É moral, trabalhista
e social.
Temos
uma politica única aqui no interior do
Para. Os trabalhadores não receberam por sua produtividade. Alias, na mineração
nem se acredita em produtividade. Se recebe salários ou benefícios aqui é por
economia e ordens desumanas das industrias local. Sem interlocutores não há regras
negociadas, apenas imposição.
Para
se ter uma ideia, o METABASE, sindicato dos trabalhadores da VALE, esta sob a
mesma direção há 22 anos. Macarrão é o líder
inconteste e ninguém se incomoda.
Pelo
contrario. Todos os outros sindicatos são administrados da mesmíssima forma:
seus dirigentes estão ali há 5, 10, 15
anos. Não há renovação. Apenas subserviência e enriquecimento. Todos os lideres
são classe média ou alta, vivem bem, não largam o osso.
Os
salários são ofertados pelas empresas, os acordos são pacificamente negociados
e/ou impostos. São assim, uma espécie de
sindicatos de ar. Os baixos salários são seguidos por uma baixíssima
produtividade.
Na
maioria das vezes é o trabalhador quem paga por seu treinamento
profissional. O treinamento especifico
de segurança é o único patrocinado pela empresa. O nível de instrução é baixo e
não se sabe onde começa um ou termina o outro, instrução, treinamento e
produtividade.
Assim
segue o Pará, exportando para a China sua riqueza.