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segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Queda na produção e preço.



Produção mineral recua 10% em 2015, por queda no minério de ferro.
Para 2016 há previsão de retomada e fornecedores de equipamentos apresentam novidades na Exposibram
Redação PE - 28/09/2015







A queda na demanda por minério de ferro na China pressiona para baixo o valor da produção do setor mineral (VOM) em 2015, que deve ter recuo de 10% em relação ao ano passado, segundo previsão do diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Marcelo Tunes. Na Exposibram – Exposição Internacional de Mineração e Congresso de Mineração, realizado no mês de setembro em Belo Horizonte (MG), a previsão é que o ano de 2016 seja melhor nesse setor.

“Para o próximo ano, a perspectiva é mais otimista em relação ao valor de produção, que deve ter um crescimento de 5% diante ao resultado de 2015”, informou o diretor. Ele acrescentou que no Brasil, cerca de 80% do PIB do setor mineral vem do minério de ferro. De acordo com ele, a retomada irá acontecer concomitante ao crescimento da população mundial, que hoje está em 7,2 bilhões de pessoas e, de acordo com especialistas, poderá chegar a 9,6 bilhões de habitantes em 2050. Haverá concentração de população em áreas urbanas, o que vai demandar bens minerais para infraestrutura e moradias.

“No cenário internacional a Índia está se destacando e ajudará a impulsionar o consumo. A China cresceu dois dígitos por mais de uma década e agora está com crescimento de 7,4%, 7,3%, superior à média mundial, e ainda pretende urbanizar 800 milhões de pessoas, o que representa quase quatro países como o nosso”, comparou. 


Fornecedores de equipamentos apostam em retomada
Independente do atual cenário, algumas empresas tradicionais dos setores da construção e mineração participaram da feira. É o caso da Metso, que apresentou equipamentos utilizados desde a fase de desmonte do minério até o carregamento nos navios. Destaque para os britadores cônicos GP7 e HP5, o moinho Vertimill, revestimentos para báscula de caminhões e uma linha completa de equipamentos FAÇO para a mineração e processamento de fertilizantes.

“A Exposibram é sempre uma oportunidade de apresentar soluções para um mercado que vem passando por um profundo ciclo de ajuste”, diz Anderson Brini, vice-presidente para Serviços no Brasil. Segundo ele, a empresa está preparada para atender às demandas atuais de redução de custos por meio de tecnologia e excelência operacional.

Outra tradicional expositora é a Rossetti, que esse ano apresentou uma caçamba meia cana com balança embarcada. De acordo com o fabricante, esse recurso afere o carregamento de carga em tempo real, ajuda a aumentar produtividade e reduz custos na mineração. “Operar com a capacidade de carga máxima é um dos maiores objetivos de toda a cadeia produtiva desse setor”, diz o superintendente industrial da empresa, Daniel Rossetti.

“A balança embarcada monitora a carga com precisão acima de 97% e garante o carregamento correto dos caminhões. Por meio desse controle, é possível garantir menores desvios de carregamento pois maximiza a produtividade e possibilita mais segurança. Isso garante disponibilidade física e diminui custo por tonelada transportada”, acrescenta.

A Itubombas, especializada na locação de conjuntos motobomba em todo o Brasil, apresentou a linha de equipamentos a diesel, com destaque para o modelo ITU44S10. Com potência de 30 cv, vazão de ate 350 metros cúbicos/ hora e passagem de sólidos de até 3 polegadas, a solução é projetada para aplicações diversas, que vão desde o bombeamento de água para testes de plantas de processamento ou dutos de transporte de minérios, até o bombeamento efetivo de materiais líquidos. “A motobomba também é ideal para operações de esgotamento de água em cavas de mineradoras”, diz Rodrigo Law, diretor da Itubombas.

Para Rodrigo, o diferencial do produto é o sistema de escorva automática com bomba de vácuo do tipo diafragma, que permite o bombeamento a seco com altura de até 7,5 metros. “Esse mecanismo torna o processo de retirada do ar na linha de sucção do bombeamento um processo extremamente ágil, eficaz e produtivo”, explica Law, reforçando que a empresa fabrica sua própria bomba de vácuo com total domínio da tecnologia.

A SCHWING-Stetter apresentou bomba de pistão de alta pressão e plantas misturadoras com sistema de controle e supervisão automatizada, uma solução para os projetos de Back fill (enchimento de minas) e transporte de pastas, provenientes do rejeito mineral com até 85% de sólidos e cimento. O sistema é capaz de misturar até 160 metros cúbicos por hora com misturadores de 2,25 metros cúbicos por ciclo e bombear até 150 metros cúbicos por hora de pasta mineral. 

De acordo com a SCHWING-Stetter, esse equipamento é utilizado com sucesso em projetos de Back fill na China e na América Latina, como no Peru (transporte da pasta mineral de cobre) na Volcan Compañía Minera em que foram instaladas quatro bombas de pistão no início deste ano. “As principais vantagens são o transporte por tubulação de rejeitos minerais com alta porcentagem de sólidos de até 85% a grandes distâncias sem emissão de pó, sujeira, ruídos e eliminando totalmente a emissão de CO2”, explica o engenheiro de vendas da empresa, Ralf Mota de Oliveira.

Colaboraram para esta matéria
Anderson Brini - Vice-presidente para serviços da Metso no Brasil
Daniel Rossetti - Superintendente industrial da Rossetti

Marcelo Tunes - Diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram)

Ralf Mota de Oliveira - Engenheiro de vendas da SCHWING-Stetter

Rodrigo Law - Diretor da Itubombas