Produção
mineral recua 10% em 2015, por queda no minério de ferro.
Para 2016 há previsão de retomada
e fornecedores de equipamentos apresentam novidades na Exposibram
Redação
PE - 28/09/2015
A queda na demanda por minério de ferro na China
pressiona para baixo o valor da produção do setor mineral (VOM) em 2015, que
deve ter recuo de 10% em relação ao ano passado, segundo previsão do diretor de
assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Marcelo
Tunes. Na Exposibram – Exposição Internacional de Mineração e Congresso de
Mineração, realizado no mês de setembro em Belo Horizonte (MG), a previsão é
que o ano de 2016 seja melhor nesse setor.
“Para o próximo ano, a perspectiva é mais otimista
em relação ao valor de produção, que deve ter um crescimento de 5% diante ao
resultado de 2015”, informou o diretor. Ele acrescentou que no Brasil, cerca de
80% do PIB do setor mineral vem do minério de ferro. De acordo com ele, a
retomada irá acontecer concomitante ao crescimento da população mundial, que
hoje está em 7,2 bilhões de pessoas e, de acordo com especialistas, poderá
chegar a 9,6 bilhões de habitantes em 2050. Haverá concentração de população em
áreas urbanas, o que vai demandar bens minerais para infraestrutura e moradias.
“No cenário internacional a Índia está se
destacando e ajudará a impulsionar o consumo. A China cresceu dois dígitos por
mais de uma década e agora está com crescimento de 7,4%, 7,3%, superior à média
mundial, e ainda pretende urbanizar 800 milhões de pessoas, o que representa
quase quatro países como o nosso”, comparou.
Fornecedores de equipamentos
apostam em retomada
Independente do atual cenário, algumas empresas
tradicionais dos setores da construção e mineração participaram da feira. É o
caso da Metso, que apresentou equipamentos utilizados desde a fase de desmonte
do minério até o carregamento nos navios. Destaque para os britadores cônicos
GP7 e HP5, o moinho Vertimill, revestimentos para báscula de caminhões e uma
linha completa de equipamentos FAÇO para a mineração e processamento de
fertilizantes.
“A Exposibram é sempre uma oportunidade de
apresentar soluções para um mercado que vem passando por um profundo ciclo de
ajuste”, diz Anderson Brini, vice-presidente para Serviços no Brasil. Segundo
ele, a empresa está preparada para atender às demandas atuais de redução de
custos por meio de tecnologia e excelência operacional.
Outra tradicional expositora é a Rossetti, que esse
ano apresentou uma caçamba meia cana com balança embarcada. De acordo com o
fabricante, esse recurso afere o carregamento de carga em tempo real, ajuda a
aumentar produtividade e reduz custos na mineração. “Operar com a capacidade de
carga máxima é um dos maiores objetivos de toda a cadeia produtiva desse
setor”, diz o superintendente industrial da empresa, Daniel Rossetti.
“A balança embarcada monitora a carga com precisão
acima de 97% e garante o carregamento correto dos caminhões. Por meio desse
controle, é possível garantir menores desvios de carregamento pois maximiza a
produtividade e possibilita mais segurança. Isso garante disponibilidade física
e diminui custo por tonelada transportada”, acrescenta.
A Itubombas, especializada na locação de conjuntos motobomba
em todo o Brasil, apresentou a linha de equipamentos a diesel, com
destaque para o modelo ITU44S10. Com potência de 30 cv, vazão de ate 350 metros
cúbicos/ hora e passagem de sólidos de até 3 polegadas, a solução é
projetada para aplicações diversas, que vão desde o bombeamento de água para
testes de plantas de processamento ou dutos de transporte de minérios, até o
bombeamento efetivo de materiais líquidos. “A motobomba também é ideal para operações
de esgotamento de água em cavas de mineradoras”, diz Rodrigo Law, diretor da
Itubombas.
Para Rodrigo, o diferencial do produto é o sistema
de escorva automática com bomba de vácuo do tipo diafragma, que permite o
bombeamento a seco com altura de até 7,5 metros. “Esse mecanismo torna o
processo de retirada do ar na linha de sucção do bombeamento um processo
extremamente ágil, eficaz e produtivo”, explica Law, reforçando que a empresa
fabrica sua própria bomba de vácuo com total domínio da tecnologia.
A SCHWING-Stetter apresentou bomba de pistão de
alta pressão e plantas misturadoras com sistema de controle e supervisão
automatizada, uma solução para os projetos de Back fill (enchimento de
minas) e transporte de pastas, provenientes do rejeito mineral com até 85% de
sólidos e cimento. O sistema é capaz de misturar até 160 metros cúbicos por
hora com misturadores de 2,25 metros cúbicos por ciclo e bombear até 150 metros
cúbicos por hora de pasta mineral.
De acordo com a SCHWING-Stetter, esse equipamento é
utilizado com sucesso em projetos de Back fill na China e na América
Latina, como no Peru (transporte da pasta mineral de cobre) na Volcan Compañía
Minera em que foram instaladas quatro bombas de pistão no início deste ano. “As
principais vantagens são o transporte por tubulação de rejeitos minerais com alta
porcentagem de sólidos de até 85% a grandes distâncias sem emissão de pó,
sujeira, ruídos e eliminando totalmente a emissão de CO2”, explica o engenheiro
de vendas da empresa, Ralf Mota de Oliveira.
Colaboraram para esta matéria
Anderson Brini - Vice-presidente para serviços da Metso no Brasil
Daniel Rossetti - Superintendente industrial da
Rossetti
Marcelo Tunes - Diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram)
Ralf Mota de Oliveira - Engenheiro de vendas da SCHWING-Stetter
Rodrigo Law - Diretor da Itubombas
Marcelo Tunes - Diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram)
Ralf Mota de Oliveira - Engenheiro de vendas da SCHWING-Stetter
Rodrigo Law - Diretor da Itubombas
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