Eletrobras
decide não renovar concessões de distribuidoras do Norte e Nordeste
- 22/07/2016 19h58
- Brasília
Sabrina
Craide – Repórter da Agência Brasil
Os acionistas da Eletrobras
decidiram hoje (22) reprovar a prorrogação das concessões de seis empresas de
distribuição do grupo, que ficam nas regiões Norte e Nordeste. Com isso, as
distribuidoras Companhia Energética do Piauí (Cepisa), Companhia Energética de
Alagoas (Ceal), Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Centrais
Elétricas de Rondônia (Ceron), Boa Vista Energia e Amazonas Distribuidora de
Energia deverão ser privatizadas até 31 de dezembro de 2017.
Segundo a decisão, tomada em
assembleia geral extraordinária de acionistas, até a transferência para o novo
controlador, as distribuidoras devem receber diretamente da União Federal ou
através de tarifa todos os recursos e remuneração necessários para operar,
manter e fazer investimentos que forem relacionados aos serviços públicos, sem
qualquer aporte de recursos pela Eletrobras.
Na reunião também foi aprovado o
nome do executivo Wilson Ferreira Júnior para presidir a Eletrobras e dos novos
membros do Conselho de Administração da empresa.
Qualidade
O Ministério de Minas e Energia
garante que não haverá queda na qualidade dos serviços porque, durante a
prestação temporária de serviço, o governo vai definir condições para que as
distribuidoras possam prestar o serviço com continuidade e adequação. Quando
forem licitadas, serão exigidas condições técnicas para que o serviço seja
prestado dentro dos padrões exigidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel).
“Vale lembrar que as distribuidoras
que tiveram as concessões devolvidas não conseguiram atingir os referenciais
regulatórios de qualidade. O consumidor, portanto, será beneficiado com um
serviço de melhor qualidade”, diz a pasta.
Também não há previsão de haver
reajustes extraordinários para essas distribuidoras por causa da mudança. De
acordo com o ministério, os reajustes serão apenas os ordinários anuais,
calculados pela Aneel, da mesma forma que já ocorreriam caso as concessões não
tivessem sido devolvidas pelas empresas.
O texto
foi ampliado às 20h24
Edição: Nádia
Franco