União
Europeia concorda em reduzir emissões em 55% até 2030
Líderes
do bloco dão aval a aumento da meta de redução das emissões de gases do efeito
estufa, antes estipulada em 40%. Comissão Europeia prevê investimento adicional
de 350 bilhões por ano em transição energética.
Ativistas defendem uma meta mais alta, de 65% de redução das emissões até 2030
Os
líderes da União Europeia (UE) concordaram nesta sexta-feira (11/12) com o
estabelecimento de uma ambiciosa meta de redução das emissões de gases de
efeito estufa em pelo menos 55% – em comparação com os níveis de 1990 – até
2030.
"A
Europa reduzirá as emissões em pelo menos 55% até 2030. Isso nos coloca num
caminho claro em direção à neutralidade climática em 2050", escreveu
a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em sua conta no
Twitter.
O
presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também elogiou o plano. "A
Europa é líder na luta contra as mudanças climáticas", escreveu Michel em
seu Twitter.
O acordo foi selado após mais de 10 horas de negociações, que se estenderam do final da noite de quinta-feira até as primeiras horas desta sexta-feira. O aumento da meta de redução de 40% para 55% foi proposto pela Comissão Europeia em setembro e encontrou resistência de alguns Estados-membros da União Europeia.
Resistência dentro do
bloco
A Polônia e outros países da Europa Central
dependentes do carvão se recusavam a apoiar a medida porque queriam garantias
de financiamento para custear a transição para a energia limpa. Estes países
consideravam injusto que todos os Estados-membros devessem se submeter ao mesmo
objetivo sem considerar suas respectivas dependências energéticas.
O
primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, postergou ao máximo seu consentimento
visando obter mais promessas para a conversão energética de seu país. O
dinheiro virá do orçamento
da UE – o que só se tornou possível algumas horas antes por meio de
um compromisso
selado na cúpula da União Europeia com a Polônia e a Hungria em
torno de uma questão paralela sobre o respeito ao Estado de direito.
A
República Tcheca, por exemplo, continuará usando energia nuclear e quer que
suas usinas nucleares sejam cofinanciadas pela UE.
Resistência dentro do
bloco
A Polônia e outros países da Europa Central
dependentes do carvão se recusavam a apoiar a medida porque queriam garantias
de financiamento para custear a transição para a energia limpa. Estes países
consideravam injusto que todos os Estados-membros devessem se submeter ao mesmo
objetivo sem considerar suas respectivas dependências energéticas.
O
primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, postergou ao máximo seu consentimento
visando obter mais promessas para a conversão energética de seu país. O
dinheiro virá do orçamento
da UE – o que só se tornou possível algumas horas antes por meio de
um compromisso
selado na cúpula da União Europeia com a Polônia e a Hungria em
torno de uma questão paralela sobre o respeito ao Estado de direito.
A
República Tcheca, por exemplo, continuará usando energia nuclear e quer que
suas usinas nucleares sejam cofinanciadas pela UE.
Investimento bilionário
A
Comissão Europeia estima que serão necessários 350 bilhões de euros em
investimentos adicionais por ano para promover energias renováveis e a economia
de energia. Os Estados-membros da UE concordaram que a nova meta de 55%
deve ser cumprida coletivamente.
De
acordo com o gabinete do primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, "os
líderes concordaram que os cortes serão alcançados primeiro em setores e países
onde ainda há muito espaço para melhorias".
A
Comissão Europeia também levará em conta as situações nacionais específicas ao
estabelecer as medidas. Apenas no decorrer do próximo ano, a Comissão
apresentará um plano sobre qual Estado-membro deve contribuir com qual proporção
para a nova meta de 55% e quem receberá qual quantidade de financiamento.
Pedidos por meta mais alta
A nova
meta de emissões precisa ser aprovada pelo Parlamento Europeu, que vinha
pressionando por uma meta um pouco mais alta. Associações de proteção climática
e ativistas também defendem uma meta mais alta, de 65% de redução até 2030.
Na
semana passada, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou uma
meta ainda mais ambiciosa do que a da Comissão Europeia. Johnson deseja que o
Reino Unido corte as emissões de gases estufa em pelo menos 68% em relação aos
níveis de 1990 até 2030.
Há
cinco anos em Paris, os líderes mundiais concordaram em manter o aumento global
da temperatura abaixo de 2 graus Celsius até o final do século. Segundo o Acordo
de Paris, os países signatários são obrigados a apresentar metas climáticas
atualizadas até o final de 2020.
Noticia: Dw.com
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