Brasil
desenvolve tecnologia para reciclar metais preciosos do lixo eletrônico
Redação
do Site Inovação Tecnológica - 04/07/2018
O projeto recebeu investimentos de R$ 8 milhões do
BNDES.[Imagem: CTI Renato Archer]
Resíduos de materiais
tecnológicos
Pesquisadores do Centro de
Tecnologia da Informação Renato Archer, em Campinas (SP) criaram uma tecnologia
que permite extrair metais preciosos do lixo eletrônico.
Por meio de processos mecânicos,
de hidrometalurgia e biometalurgia, a técnica reaproveita materiais como ouro,
prata, cobre e paládio, contidos em placas eletrônicas de computadores,
celulares e tablets.
Outra vantagem é que a combinação
desses processos permite separar e descartar os metais pesados desses
componentes.
Fruto de um projeto iniciado em
2014, chamado Rematronic, o esforço contou com um investimento de R$ 8 milhões
do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e tem
participação de um parceiro da iniciativa privada, a Gestora de Resíduos
Industrial (GRI), que vai deter parte da propriedade intelectual da tecnologia.
A equipe agora está projetando
uma planta industrial piloto para sair da escala de laboratório e começar a
traçar as diretrizes de escalonamento, dimensionamento de custos e cálculo da
viabilidade do negócio.
Segundo Marcos Pimentel, um dos
coordenadores do projeto, a tecnologia de reciclagem e reaproveitamento
permitirá lidar com outros componentes da indústria eletroeletrônica, além das
placas eletrônicas. "Com esse know-how, podemos dar uma solução
para outros tipos de resíduos, como pilhas, baterias e outros resíduos
eletrônicos," disse ele.
Ambientronic
O projeto de pesquisa faz parte
do programa Ambientronic, criado pelo CTI Renato
Archer em 2006. Desde então, a unidade de pesquisa tem firmado acordo com as
principais entidades da indústria eletrônica, a fim de capacitar recursos
humanos e criar normas e soluções de produção, descarte e reciclagem de
equipamentos eletrônicos.
"O descarte do resíduo
sólido na natureza é um problema para o meio ambiente e de saúde pública, em
que a solução vem pelo investimento em tecnologia. Quanto mais tecnologia você
usa, mais retorno econômico a reciclagem dos resíduos gera," ressaltou
Marcos.
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